quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Vegetação original





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Vegetação original


A vegetação natural ou original de uma área constitui, geralmente, o primeiro elemento da paisagem que o ser humano modifica. Assim, um estudo (e um mapa) sobre a vegetação original do Brasil será sempre relativo a algo que quase não existe mais ou que está em franco processo de transformação. Dessa forma, podemos reconhecer oito tipos principais de vegetação natural no território brasileiro:

1. Floresta Amazônica ou floresta equatorial : abrange cerca de 45% da área total do país, pois vem sendo intensamente derrubada nos últimos anos. É uma mata heterogênea, com milhares de espécimes vegetais (muitos ainda sem classificação científica), e perene, ou seja, sempre verde - não perde as folhas no outono/inverno, como as árvores de climas temperados e frios. É uma floresta densa e intrincada, as plantas crescem muito próximas umas das outras (além da ocorrência comum de plantas parasitas).

2. Mata Atlântica ou floresta latifoliada tropical: correspondia, mais ou menos, ao domínio do clima tropical úmido. Atualmente, esse tipo de vegetação, onde aparecia o pau-brasil e plantas de madeira nobre (cedro, peroba e jacarandá), quase não existe; restam apenas alguns trechos esparsos em encostas montanhosas (como na serra do Mar).

3. Caatinga: típica do clima semi-árido do sertão nordestino, constitui um tipo de vegetação pobre, com plantas xerófilas (adaptadas à aridez), principalmente cactáceas (xiquexique, mandacaru, faveiro). Aparecem também arbustos e pequenas árvores, como o juazeiro, a aroeira e a braúna.

4. Mata de araucária: corresponderia, mais ou menos, às áreas de clima subtropical. Predominam aí os pinheiros (Araucária angustifolia), embora apareçam também a erva-mate, a imbuia, diversos tipos de canela, cedros e ipês. Foi, até alguns anos atrás, a vegetação brasileira mais aproveitada para a fabricação de móveis (especialmente no Paraná) e encontra-se quase totalmente desmatada.

5. Cerrados: próprios do clima tropical típico ou semi-úmido, são uma vegetação arbustiva e herbácea. Normalmente, o cerrado típico apresenta dois estratos de plantas: um arbóreo, com árvores de pequeno porte (a lixeira, o pau-santo, o pequi), e outro herbáceo, de gramíneas ou vegetação rasteira.

6. Complexo do Pantanal: vegetação extremamente heterogênea, que abrange a planície ou depressão do Pantanal Mato-Grossense, onde se encontram desde plantas higrófilas (nas áreas alagadas pelo rio) até as xerófilas (nas áreas altas e secas), além de diversos tipos de palmeiras (buriti, carandá), gramíneas (como o capim-mimoso) e trechos de bosques dominados pelo quebracho, árvore da qual se extrai o tanino, utilizado na indústria do couro.

7. Campos: vegetação rasteira (herbácea) localizada principalmente no sul do Brasil, onde predominam diversos tipos de capins: barba-de-bode, gordura, mimoso, jaraguá etc.

8. Vegetação litorânea: característica das terras baixas e planícies do litoral, constitui, na realidade, vários tipos de vegetação diferentes, englobadas como vegetação litorânea pela proximidade do litoral. Aí aparecem os mangues ou manguezais (áreas de solos pantanosos), a vegetação de praias, a das dunas e a das restingas.
(Extraído de: J. William Vesentini. Brasil - Sociedade & Espaço - Geografia do Brasil. São Paulo, Ática, 2003.)


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